Na noite de sexta-feira (19), no município de Rurópolis, aconteceu a abertura do Grande Encontro do Oeste do Pará, promovido pela Fundação Viver, Produzir e Preservar (FVPP), como parte do projeto Governança Socioambiental.
O evento foi realizado durante o final de semana, de 19, 20 e 21 de janeiro e reuniu representantes de governo, políticos e de movimentos sociais de 20 cidades das mesorregiões da BR-230, BR-163, Xingu e Tapajós.
No primeiro dia do evento foi discutida a conjuntura política nacional, estadual e regional, o papel da Sociedade Civil Organizada no atual cenário político e econômico, e a estratégia de resistência aos retrocessos sociais e em favor do avanço de politicas públicas para a Amazônia.
“A FVPP está realizando este trabalho, através das oficinas municipais de Mergulho de Base e o Grande Encontro na primeira etapa do projeto e na segunda etapa vamos entrar a parte ambiental, para discutir esse compromisso das comunidades em produzir sem provocar uma agressão ao meio ambiente” afirmou João Batista Uchoa, coordenador do projeto Governança Ambiental.
No sábado, 20, segundo dia, foi realizada uma mesa de análise conjuntural, na qual foram levantados temas relevantes considerando o cenário socioeconômico atual como infraestrutura (pavimentação das rodovias federais e estaduais, e conservação de vicinais), educação, regularização fundiária, licenciamento ambiental, fomento as atividades produtivas sustentáveis, reforma agrária, desenvolvimento sustentável, desafios para gestão dos municípios, além do debate sobre a conjuntura política internacional e suas influências no Brasil.
Depois disso, o agrônomo Cássio Alves Pereira apresentou um diagnóstico sobre a produção familiar rural dos 27 municípios da região Sudoeste paraense, no qual foram destacadas as potencialidades e os gargalos econômicos para o setor. “Então o plano tem esse propósito, de dialogar com os atores sociais, e à luz da vida real deles capturar as necessidades e percepções que eles têm, e organizar essas propostas para que isso se materialize como uma ferramenta de negociação do dia a dia”, afirmou
O diagnóstico que norteia a versão preliminar do plano levantou 277 propostas das organizações sociais e governamentais em todo o Oeste do Pará. Foram formados sete grupos para debater temas como educação, produção rural, saúde e meio ambiente e os representantes escolheram as propostas vistas como prioritárias ao desenvolvimento regional.
O encontro terminou no domingo com a conclusão do Plano de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e a estratégia de ação das organizações no Sudoeste do Pará, o qual foi validado em plenária constituídas por mais de 200 lideranças representativas dos municípios da Região.