A Transamazônica e Xingu por muito tempo foi lembrada como a região de grandes problemas: Onde a falta de políticas públicas trazia transtornos e sofrimento. Falta de incentivo na agricultura, produtores rurais que perdiam suas produções no meio da estrada e além de problemas fundiários. Lembranças que começam a fazer parte do passado! Os moradores comemoram um novo tempo e principalmente o avanço dos projetos que mudam a vida de tantas pessoas por aqui.
O juventude Educação e Desenvolvimento no Campo patrocinado pela Petrobras e executado pela Fundação Viver Produzir e Preservar desde 2011, tem mudado a realidade de jovens que oriundos do campo não tinham acesso à informática. A capacitação nas Casas Familiares Rurais de Pacajá, Anapú, Altamira, Senador Jose Porfirio, Brasil Novo, Medicilândia, Uruará, Placas e Rurópolis veio somar com o curso Técnico em Agropecuária que oferece aos filhos dos agricultores uma educação diferenciada através da Pedagogia da Alternância. Plácido Santos, egresso da CFR de Altamira, diz que conseguiu ingressar no mercado de trabalho por conta da capacitação que lhe abriu um leque de oportunidades. Os estudantes aprendem a elaborar o CAR – Cadastramento Ambiental Rural, o LAR – licenciamento Ambiental Rural, além de terem noções básicas de informática aplicada à agropecuária.
‘’ Faz uma diferença enorme. Pois antes não sabia sequer ligar um computador e hoje consegui um emprego e desempenho funções como técnico em Agropecuária’’. Concluiu Plácido.
Além dos alunos das Casas Familiares Rurais, os moradores da cidade também são beneficiados com o projeto. Os pontos de inclusão digital tem garantido que os jovens e adultos da área urbana também tenham acesso ao conhecimento na área da informática. Até agora mais de duas mil pessoas do campo e da cidade foram beneficiadas com o projeto.
‘’ A gente tem percebido o quanto os jovens e adultos tem aproveitado a oportunidade de crescimento profissional e porque não pessoal. Pois cada um se sente realizado em poder contribuir com seu profissionalismo no mercado de trabalho regional. E vale lembrar que muitos estudantes das CFRs deram continuidade nos estudos e ingressaram em universidades públicas, o número de aprovados nos vestibulares surpreende e dá injeção de ânimo.’’ Acrescentou Aparecida Brandão, Coordenadora do Projeto.
Em uma região onde os problemas fundiários são gritantes a oficina para a capacitação dos agricultores para o Licenciamento Ambiental Rural, também patrocinada pela Petrobras, mostrou ao homem do campo os caminhos da legalidade. A equipe da Fundação Viver Produzir e Preservar também tem garantido de forma gratuita os serviços de georreferenciamento nas propriedades rurais para a emissão dos Cadastros Ambientais Rurais. E por onde a equipe passa é recebida com alegria pelos agricultores que querem se legalizar e dessa forma terem acesso a créditos junto às agências bancárias e aos programas do governo federal como o minha casa minha vida rural e o programa luz para todos.
‘’ Hoje eu posso dizer que o campo não se diferencia da cidade. Com a energia elétrica, com o asfalto passando na porta de casa e ainda com minha propriedade legalizada só tenho que comemorar o desenvolvimento que também chegou por aqui.’’ Afirmou seu Sidevaldo Veloso, agricultor da gleba Assurini – Altamira/Pará.
O projeto continua sendo executado em 9 cidades da região. Os investimentos via Petrobras são para mais jovens e mais adultos sejam qualificados e tenham uma melhor qualidade de vida.
Raiany Brito // ASCOM FVPP