Nova tecnologia que enxerga a destruição da floresta, mesmo debaixo de chuva, o Sinrad X foi desenvolvido pelo Instituto Sócio Ambiental, ISA, usando a energia do microondas, baseada em satélite europeu. Ele afere os dados dos europeus e confere o que muda na passagem de um satélite para outro e esta mudança corresponde ao desmatamento. O assessor do ISA, Juan Douglas, responsável pelo monitoramento do desmatamento na Bacia do Xingu, diz que esta tecnologia tem a parte social que é muito importante, porque consulta os extrativistas e indígenas, se na região tem o risco de desmatamento.
Os dados apresentados no Xingu até agora são assustadores. Segundo Juan Douglas, após quatro meses de trabalho, foram mais de 440 locais desmatados, que somam mais de 12 mil hectares, o que equivale a seis milhões de árvores derrubadas.
Ele explica que este desmatamento não pode ser detectado pelos meios normais ou sistemas que não funcionam durante o inverno amazônico, na época das chuvas. “Então, digamos que essa destruição teria passado despercebida”. Ele denuncia grupos bem organizados nas cidades, próximos ao Xingu, especializados em desmatar no período do inverno, em especial em terras indígenas.