Terminou ontem (20) no RUC São Joaquim, a rodada de reuniões devolutivas de diagnóstico do projeto 105/2014. O econtro teve início às 19h, na sede do CREAX, na rua 10 e os moradores compareceram.
Um material foi preparado e apresentou a análise da condição social e das percepções dos moradores dos cinco Reassentamento Urbanos Coletivos – RUCs, criados para as famílias diretamente atingidas pela Usina Hidrelétrica Belo Monte. Foram 1002 famílias entrevistadas, o que corresponde a um número de pouco mais de 25% das unidades habitacionais dos RUCs.
Na pesquisa foram analisadas questões relacionadas a moradia, dados econômicos, educação e acesso a informação. Maria Aparecida Brandão, Coordenadora Executiva da Fundação Viver Produzir e Preservar, conta como tudo começou. “A pesquisa iniciou em 2016 com um projeto ‘A voz dos atingidos de Belo Monte: Desafios e Direitos’. A ideia, junto das comunidades e com vários parceiros, era pensar no sentido de verificar ‘in loco’ como estaria a vida, a situação socioeconômica das pessoas que foram reassentadas nos Rucs. Tornamos esses dados públicos em audiências, devolvemos os números para os moradores, mas também para Ministério e Defensoria Pública, além do governo. Dessa forma eles poderão utilizar esses dados para trabalhar ações diferenciadas conforme necessidade de cada RUC’, explica Aparecida.
Um moradora avaliou de forma positiva a pesquisa. Josiane é uma das primeiras moradoras reassentadas. No entendimento dela, o levantamento poderá ajudar a resolver outros problemas. “Isso é importante pra nós, porque a partir dessa pesquisa a gente pode saber o que ta ruim e o que pode melhorar na nossa comunidade. E o que mais a gente pode estar reivindicando junto aos órgãos competentes”, conta Josiane Araújo, moradora.